Todos nós somos uma espécie de gente. Por natureza homotermos. Por natureza, não que isso signifique alguma coisa, pois nesses tempos de transformações climáticas, estamos vendo muita gente virar pingüim e muitos outros virarem sapos. Claro que as pessoas que viram rapozas, lobos, burros e outras espécies de mamíferos já andavam por ai circulando faz tempo.
Mas, a diferença básica entre pingüins e sapos diriam alguns seria a espécie, certo. Um é ave o outro anfíbio. Outros poderiam afirmar ainda que o ambiente onde habitam seria a maior oposição. Um reside em ambientes congelados o outro em ambientes úmidos e molhados. Pinguins são vistos em filmes. Sapos também. Mas diferentemente de dos pingüins, a gente pode ver sapos no quintal também. E nessas últimas semana da nossa Era da transformação climática global, aonde todos andamos nos sentindo num daqueles filmes que antecedem como será o clima do nosso planeta – definitivamente e cada vez mais – sim, estamos vivendo num período de mudanças, pois as cenas de filmes estão nos telejornais, e o ano de 2010 está coroando isso - muito de nós nos sentimos pingüins e sapos nessas últimas semanas não.
Tá gelado. E tá molhado. Não que eu ache que o inverno esteja mais rigoroso. Mas do pouco que conheço dos nossos amigos pingüins. Sim, ficamos próximos deles nos últimos dias. Como fez frio. E como choveu. Mais do que chover, quanta umidade. Não é. Não houve pano que secasse, e parede que suportasse a quantidade de gotículas que teimaram em permanecer estáticas por nossas casas.
Uma das belezas do inverno incomensuráveis é todas as sensações que ele nos provoca como humanos. O congelamento que pede aconchego, os olhos que derretem as paisagens de geada da alma. Vale a pena ser pingüim de vez em quando. Claro que vale. Sentir o turpor desse vento minuano gelado, varrendo estradas, varrendo os cabelos e varrendo nossos rostos.
Chegada a conclusão que pingüins possuem proteção conveniente para esses dias e que sapos precisam também desse intenso ar úmido que permeia seu mundo. Aproveite esses dias e arregace as mangas. Com bom humor e alegria, tudo fica mais simples. Tire suas luvas e curta estar brincando na Antártida....se aventure dentre de suas temperaturas, se permita viver o que há pra viver, sem reclamar. Mas tirando do momento o que ele tem de melhor. Seja grato se você está quentinho e pode se sentir como um pingüim, quando tem tantos que estão congelando lá fora, se sentindo dentro de uma câmara fria.
Sentir a presença do inverno na sua magnitude é ter e oportunidade de refletir sobre a presença dele na vida dos outros. Como estão os meus irmãos lá fora, e que acredite, não são pingüins e nem sapos.
Marcela
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