sábado, 24 de julho de 2010

Sobre Pinguins e sapos

Todos nós somos uma espécie de gente. Por natureza homotermos. Por natureza, não que isso signifique alguma coisa, pois nesses tempos de transformações climáticas, estamos vendo muita gente virar pingüim e muitos outros virarem sapos. Claro que as pessoas que viram rapozas, lobos, burros e outras espécies de mamíferos já andavam por ai circulando faz tempo.
Mas, a diferença básica entre pingüins e sapos diriam alguns seria a espécie, certo. Um é ave o outro anfíbio. Outros poderiam afirmar ainda que o ambiente onde habitam seria a maior oposição. Um reside em ambientes congelados o outro em ambientes úmidos e molhados. Pinguins são vistos em filmes. Sapos também. Mas diferentemente de dos pingüins, a gente pode ver sapos no quintal também. E nessas últimas semana da nossa Era da transformação climática global, aonde todos andamos nos sentindo num daqueles filmes que antecedem como será o clima do nosso planeta – definitivamente e cada vez mais – sim, estamos vivendo num período de mudanças, pois as cenas de filmes estão nos telejornais, e o ano de 2010 está coroando isso - muito de nós nos sentimos pingüins e sapos nessas últimas semanas não.
Tá gelado. E tá molhado. Não que eu ache que o inverno esteja mais rigoroso. Mas do pouco que conheço dos nossos amigos pingüins. Sim, ficamos próximos deles nos últimos dias. Como fez frio. E como choveu. Mais do que chover, quanta umidade. Não é. Não houve pano que secasse, e parede que suportasse a quantidade de gotículas que teimaram em permanecer estáticas por nossas casas.
Uma das belezas do inverno incomensuráveis é todas as sensações que ele nos provoca como humanos. O congelamento que pede aconchego, os olhos que derretem as paisagens de geada da alma. Vale a pena ser pingüim de vez em quando. Claro que vale. Sentir o turpor desse vento minuano gelado, varrendo estradas, varrendo os cabelos e varrendo nossos rostos.
Chegada a conclusão que pingüins possuem proteção conveniente para esses dias e que sapos precisam também desse intenso ar úmido que permeia seu mundo. Aproveite esses dias e arregace as mangas. Com bom humor e alegria, tudo fica mais simples. Tire suas luvas e curta estar brincando na Antártida....se aventure dentre de suas temperaturas, se permita viver o que há pra viver, sem reclamar. Mas tirando do momento o que ele tem de melhor. Seja grato se você está quentinho e pode se sentir como um pingüim, quando tem tantos que estão congelando lá fora, se sentindo dentro de uma câmara fria.
Sentir a presença do inverno na sua magnitude é ter e oportunidade de refletir sobre a presença dele na vida dos outros. Como estão os meus irmãos lá fora, e que acredite, não são pingüins e nem sapos.

Marcela

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