sábado, 24 de julho de 2010

Sal e água

As pessoas estão sempre culpando as circunstâncias pelo que são. Eu não acredito em circunstância. As pessoas que progridem no mundo são as que se levantam e procuram as circunstâncias que querem e se não as encontram, criam-nas”
Bernard Schaw
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Essa semana participei do II Seminário do Pólo UAB de Tio Hugo. E que bom que eu participei. Tive a oportunidade de assistir a uma palestra um tanto quanto confortante, e que me fez cócegas aos tímpanos.
O Palestrante falava sobre a gestão das empresas. Sobre como as questões mais importantes andam esquecidas. Os valores, princípios, caráter, a postura ética....Assistir a uma palestra, onde uma pessoa corajosamente defende a família, o amor, a lealdade é sempre muito bom, principalmente em tempos, onde o vale tudo anda correndo solto.
Independente de idade, creio e quero acreditar que não se mede as pessoas pelo seu currículo, nem pelo carro que possuem, e muito menos pelo tamanho do salário. Isso indica somente até onde alguns conseguiram chegar, o que nem sempre indica muita coisa, aliás na maioria não indica nada. Não que isso faça perder o valor do mérito, mas na minha humilde opinião não é mérito.
Títulos se compram inclusive o diploma. O da minha profissão por exemplo, jornalista, nem comprar precisa mais. Mas se nesse mundo onde tudo tem um preço, à algo ainda que não se compra, e isso se chama PRINCIPIOS.
Princípios são princípios, ou seja. A primeira coisa, o início, de onde partimos, daquilo do qual que nos serve de base para todo o resto. E como é bom, ouvir alguém falar de princípios em tempos onde só se escuta “achismos”.
Eu acho isso, eu acho aquilo, eu acho que poderia ser melhor. É tanto “eu acho” que beira a hipocrisia falarmos de compromisso social. Mas, eis que devemos crer que a esperança é a última que morre. E existem sim, pessoas, mesmo que poucas, que ainda acreditam que vale a pena respeitar os seus princípios.
As grandes gestões, as melhores empresas nem sempre terão o profissional que mais faz o que nos agrada, mas com certeza sempre terá o que mais respeita os princípios. Pois quem respeita os princípios tem respeito ao próximo, amor á família, tem dignidade, caráter e limites éticos intransponíveis, que hoje muitos não conhecem nem do dicionário.
Isso não é uma opinião demagógica, mas é o “sal” que ficou em mim depois da palestra. Pois como o palestrante disse, essa é uma palestra que vai-lhes ofertar muito sal e pouca água. E em mim, ofertou água alguma. Fiquei a pensar, e estou ainda pensando...em qual caminho nos perdemos. Quando foi que família deixou de ser o princípio principal. Aonde o respeito ao próximo deixou de ser primórdio. Quando foi que a gente aprendeu a aceitar os “burros” e os pilantras. Quando foi que a gente começou a se calar...quando foi.
A mudança que todos sonhamos começa em nós. Não no mundo. E nesse mundo que para cada um de nós é um, faça do seu o melhor, mas lembre-se. O seu mundo é o meu também. E nesse mundo quando daqui algum tempo eu e você não estivermos mais aqui, meus filhos e os seus, ou talvez nossos netos, também ainda será o mesmo. Tudo muda, mas os princípios de educação e retidão, ainda bem, esses é para quem tem, e esses não mudam nem com terremoto e nem com desmoronamento. Esses continuam firmes independente da tempestade.
Sal para vocês também.
Forte abraço com carinho
Marcela Muttoni Tietze

Um comentário:

Daiane Souza disse...

Onde estão os princípios mesmo...